Sinopse:
Quando Lucrécia de Médici, de dezasseis anos, casa com o quinto duque de Ferrara, Afonso d’Este, imagina que a vida com o seu vistoso marido será idílica. Mas mal ela sabe que é um homem muito complicado. O casamento é fértil em dificuldades desde o início e, à medida que o tempo passa, Lucrécia torna-se cada vez mais distante. Para Afonso, a pressão aumenta quando o Vaticano ameaça reclamar o seu título se o casal não conseguir gerar um herdeiro.
Só a amante, Francesca, parece capaz de domar a sua fúria crescente. Mas o ressentimento de Afonso para com a sua duquesa depressa se torna insuportável, e começa a urdir um plano inacreditável para fugir aos seus problemas.
Um plano com consequências nefastas que culmina com o desaparecimento até hoje questionado pelos historiadores de Lucrécia de Médici.
Opinião:
Com a sua fantástica capa como bom prenúncio para a leitura do livro, "A sua Última Duquesa" chegou-me às mãos com um vaticínio de um Romance Histórico com mais romance do que História. Apesar de tal não ser minimamente mentira, não podemos tirar crédito ao livro. Gabrielle Kimm narra com uma beleza simples aquilo que se propõe a narrar: os acontecimentos ocorridos durante o casamento de Lucrécia de Médici e o estranho desaparecimento da personagem principal. Nada mais, nada menos.
Dou à autora o crédito de tornar aquilo que é uma história básica numa narrativa relativamente interessante, que apesar de não prender o leitor da primeira à última página o mantém interessado tempo suficiente para chegar ao fim do livro, apesar dos acontecimentos ocorridos serem relativamente previsíveis.
As personagens são, talvez, o ponto mais fraco não porque sejam restritamente estereotipadas, mas por não terem qualquer característica interessante. Sabemos que a característica principal de Lucrécia é a sua pureza, mas fica por perceber se ela tem de facto personalidade ou é apenas uma criança rebelde a deambular por um castelo que não conhece. Afonso, por seu lado, é confuso. Não há espaço para o leitor ter qualquer tipo de relação e/ou sentimento com ele e as razões principais para o falhanço do casamento com Lucrécia são tremendamente mal explicadas.
Terei de reconhecer, no entanto, uma virtude ao livro: num tempo em que tantas propostas de leitura de um verdadeiro Romance Histórico nos saem furadas, por entre romeliquices e tretas semelhantes, ninguém que queira ler "A sua Última Duquesa" o faz por engano.
Um livro medianamente interessante, mas muito pouco memorável.
Dou à autora o crédito de tornar aquilo que é uma história básica numa narrativa relativamente interessante, que apesar de não prender o leitor da primeira à última página o mantém interessado tempo suficiente para chegar ao fim do livro, apesar dos acontecimentos ocorridos serem relativamente previsíveis.
As personagens são, talvez, o ponto mais fraco não porque sejam restritamente estereotipadas, mas por não terem qualquer característica interessante. Sabemos que a característica principal de Lucrécia é a sua pureza, mas fica por perceber se ela tem de facto personalidade ou é apenas uma criança rebelde a deambular por um castelo que não conhece. Afonso, por seu lado, é confuso. Não há espaço para o leitor ter qualquer tipo de relação e/ou sentimento com ele e as razões principais para o falhanço do casamento com Lucrécia são tremendamente mal explicadas.
Terei de reconhecer, no entanto, uma virtude ao livro: num tempo em que tantas propostas de leitura de um verdadeiro Romance Histórico nos saem furadas, por entre romeliquices e tretas semelhantes, ninguém que queira ler "A sua Última Duquesa" o faz por engano.
Um livro medianamente interessante, mas muito pouco memorável.
"Um livro medianamente interessante, mas muito pouco memorável."
ResponderEliminarNossa, que explicita!
Pela capa também senti esse entusiasmo, mas acho que a sinopse nos prepara de alguma maneira para o que disseste: um romance que gostamos mas que não amamos.