Opinião literária: "Jogos na Noite" de Sherrilyn Kenyon
13:03Quem conhece a série "Predadores da Noite" de Sherrilyn Kenyon, sabe a fórmula de cor. Um homem de alma atormentada e feridas emocionais imensas e indescritíveis encontra a única mulher - e provavelmente o único ser - que o ama mais que qualquer outra coisa. E é ela que no fim representa - de uma forma ou de outra - a sua liberdade e o caminho para a felicidade. Tudo isto, apimentado com uma dose de sexo (que pode ir da quantidade razoável até ao exagero) adaptada ao contexto do romance, e uma quantidade de humor agradável à mistura, constitui a receita para uma série de sucesso.
Repetida ou não, a fórmula resulta! Sherrilyn conquista o leitor com a faceta apaixonada e apaixonante dos personagens, principalmente os masculinos (que, apesar disso, pecam pela semelhança de personalidades ao longo de todos os livros da série) e traça uma narrativa com harmonia e habilidade.
O pior pecado, em qualquer caso, é a falta de originalidade entre volumes. Desta vez, é-nos apresentada a história de Vane Kattalakis, distinguindo-se este dos personagens masculinos dos anteriores volumes apenas pelo facto de não ser Predador da Noite. É, na realidade, um Predador do Homem - aparentemente Katagaria - um suposto animal cuja união predestinada pelos Deuses é feita com Bride, uma fêmea humana que não era suposto amar. A partir daí a narrativa é desenvolvida à volta da relação entre ambos, a incerteza da aceitação da sua Natureza por parte de Bride e os fantasmas (bem reais) do seu passado, que ameaçam a mulher que ama. Toda a história, apesar de apaixonante, é de certa forma um deja vu dos livros anteriores, "cansando" de certo modo o leitor que siga a série por ordem de publicação.
Seja como for, é sempre uma lufada de ar fresco e o tipo de livro que se lê em busca de conforto e de uma história relativamente conhecida e que sabemos ser boa. A contribuir para tal está também a melhor personagem criada por SK: Acheron, o fabuloso "pai" dos Predadores da Noite que revela tanto quanto esconde, mantendo-se fiel aos seus princípios; e a sua fiel, divertida e sanguinária demónio: Simi.
2 comentários
Estou a ver que a Sherrilyn é como a Sveva Casati Modignani. A história anda sempre à volta do mesmo, mas o pessoal lê na mesma. No caso da Sveva, as mulheres são sempre seres feridos, infelizes até que se revoltam e fogem da família e põe tudo em causa, mas no final voltam ao marido. Sempre. Já li 4/5 livros dela e é sempre a mesma coisa. E não me canso porque sabe sempre bem ler sobre Itália (*.*) e sobre o amor e essas coisas :)
ResponderEliminarEu ainda estou a espera que me cheguem a casa os livros a partir do 3º. ja nem me lembro dos 2 primeiros =p
ResponderEliminarFazer comentários não causa alergia e não demora mais do que uns minutos e, em muitos casos, é o suficiente para me fazer feliz pelo menos por um dia. Então tentem não ser preguiçosos e comentar, sim?
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