Mundo Cinéfilo: O Impossível [2012]

09:58



Título original: Lo Impossible
De: Juan Antonio Bayona
Com: Naomi Watts, Ewan McGregor, Tom Holland, Samuel Joslin, Oaklee Pendergast
Género:  Drama, Thriller
Classificação: PG-12
Outros dados: Espanha, 2012, Cores, 114 min.


Baseado na história real de uma família Espanhola que viveu o pesadelo que o Tsunami de 2004 que varreu a Indonésia é talvez certo afirmar que, quando se vai ao cinema para ver um filme como "O Impossível" não vamos por causa da acção, ou dos efeitos especiais, ou dos actores. Não, o que cativa primariamente o espectador para o filme é a certa morbidez própria da curiosidade humana. É o querermos saber mais sobre algo que vimos na televisão, sobre um pesadelo vivido por muitos mas a centenas de milhas do imaginário da maioria. Ninguém que pise a sala de cinema para ver "O Impossível" vai pelo Cinema. Que o filme entregue, mais que a história, cinema de qualidade ao espectador acaba por ser uma mais-valia. 

"O Impossível" é, antes de mais, um filme extraordinariamente bem feito a nível visual. Longe vão os tempos em que uma onda gigante digitalmente conseguida não passava disso. Na verdade as ondas, bem como todas as imagens, quer em plano aberto quer em pormenor, passando pelos ferimentos dos actores (e, pessoas sensíveis, cuidado a ver este filme pois haverá lá uma altura em que muito provavelmente vos vai apetecer mandar as pipocas para fora do estômago) são tão incrivelmente reais que é impossível haver indiferença por parte do espectador, mesmo que a história não fosse baseada em factos reais. Para contribuir com este realismo cru, temos os actores, sendo a equipa principal, a família, de especial destaque por todos os motivos. Naomi Watts, nomeada para Oscar pela sua prestação, está soberba, mas é em minha opinião o jovem Tom Holland, no papel de Lucas, que arrebata a melhor interpretação. É Lucas, o filho mais velho que se vê directamente responsável pela vida da mãe, confrontado com a quase certa morte do pai e dos dois irmãos mais novos, e que vê a sua bondade e humanidade testada, que nos emociona e transporta para aquele local. Para além de Tom, também o pequeno Oaklee, e principalmente Samuel destacam-se positivamente, demonstrando grandes capacidades de representação apesar da pouca idade. E, com isto tudo, Ewan McGregor acaba por ser a sombra, talvez pelo curto tempo de ecrã quando comparado a Watts, apesar de ter uma prestação bastante positiva.

Um filme emocionante e fascinante, carregado de lições sobre a vida, a família, o amor e a capacidade de ajuda do ser humano, e com uma narrativa que vale completamente pela excelente capacidade dos actores.

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1 comentários

  1. Também já vi este filme.Gosto da prestação da Naomi Watts mas tal como tu acho que o Tom Holland está brutal ( o puto tem jeito!).
    Deixei-te um selinho no meu blogue.

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