Há coisas tão naturais quanto respirar em casamentos. Quem é que nunca se queixa da música pimba? Ou que os sapatos são tão desconfortáveis que temos de os trocar ou (melhor ainda) descalçar? Melhor, quem é que viu um casamento em que a noiva nunca tropeçou desesperadamente no vestido depois de uma sessão de fotos de horas e um almoço às 5 da tarde?

Pois, lá está, ninguém!

Já dizia o senhor Camões que "Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades", mas a verdade verdadinha é que isso nunca atinge nem atingirá um belo de um casório português. Por mais repertórios apresentados, tem de haver 70% de música pimba, no mínimo, uma fotografia com cada convidadozinho (sem falar nos que pedem várias) e senhoras em altos e elegantes stilettos cheios de classe que acabam descalças e apenas com uns copos a mais (a classe foi-se).

No sábado, entre uma jornada de música sertaneja tão grande que não vou poder ouvir sotaque brasileiro até à próxima encarnação (perdoem-me se levanto susceptibilidades) comecei, de facto, a questionar-me sobre algo que sempre notei nos casamentos mas em que, de facto, nunca tinha reparado verdadeiramente: tecidos brilhantes.

Digam-me, porque é que muitas mulheres teimam em levar vestidos feitos com tecidos brilhantes a casamentos? Tecidos brilhantes, gente!!!! Olhem à vossa volta, tecidos brilhantes não ficam bem nem à Virgem Maria que, segundo consta, faz milagres! Tecidos brilhantes NÃO SÃO ELEGANTES e não vos deixam sexys! E nem estou a falar no facto da maioria serem comprados nos chineses (ou parecerem que são, o que é pior), eu até sou uma adepta da compra oriental em certas alturas, mas há limites!

Porque minhas senhoras, a verdade é só uma - e deixo aqui o aviso, deixado em pessoa pela Tyra Banks: Os tecidos brilhantes fazem-vos parecer mais gordas!

Portanto, insurjo-me aqui, em pessoa e com total indignação, com duas frases de ordem:

Abaixo os tecidos brilhantes em casamentos!

Não se atrevam a tocar música sertaneja ao meu ouvido!