A história do primeiro volume de uma nova trilogia notável desenrola-se em plena Guerra das Rosas, agitada por tumultos e intrigas. Autora de bestsellers internacionais, Philippa Gregory dá vida a este drama de família através das suas mulheres, começando com a história de Isabel Woodville, a Rainha Branca.

"A Rainha Branca é a história de uma plebeia que ascende à realeza servindo-se da sua beleza, uma mulher que revela estar à altura das exigências da sua posição social e que luta tenazmente pelo sucesso da sua família, uma mulher cujos dois filhos estarão no centro de um mistério que há séculos intriga os historiadores: o desaparecimento dos dois príncipes, filhos de Eduardo IV, na Torre."

“Seguro, vívido, convincente e cheio de conflitos, traições e intrigas políticas […] Tal como em Margarida Beaufort, o talento de Gregory eleva-se sobre o dos seus imitadores com uma dose de energia inigualável, concentração e execução firme.” Publishers Weekly

“A maior autora contemporânea de ficção histórica. Os seus romances estão repletos de mulheres fortes e determinadas que tomam as rédeas do destino nas suas próprias mãos.” Financial Times

“Philippa Gregory é, de facto, a maior autora de ficção histórica! Seria difícil tornar a História mais divertida, animada e envolvente.” Sunday Express

“A rainha do romance histórico.” Mail on Sunday

Peguei nestes livros com verdadeiro entusiasmo essencialmente por duas razões: em primeiro lugar sou fascinada por História e os livros tratam uma das mais fabulosas épocas da História Medieval Britânica e esmiuçam cuidadosamente as duas famílias mais fascinantes e ambiciosas da história da coroa Inglesa. Em segundo lugar, conhecia a escrita de Philippa Gregory do maravilhoso livro "Duas Irmãs, Um Rei" e sabia por princípio que a probabilidade de sair desiludida era bastante reduzida.

É importante deixar claro, desde um primeiro momento, que apesar de ambos fazerem parte da série "Guerra entre Primos" e de serem paralelos cronologicamente falando, são livros completamente distintos entre si. E é aqui que Gregory conta com a minha primeira crítica positiva. De facto, a construção das duas personagens principais é tão rica e complexa que torna a história e a própria narrativa completamente distinta. Por um lado temos Isabel Woodville, a viúva que nunca pensou ser Rainha, casando por amor e nunca perdendo a alegria. Por outro, Margarida Beaufort, que julgava ser Santa desde criança e acreditava piamente que o futuro de Deus para ela era ser Rainha. Através destas personagens, fica claro que Gregory tenta estabelecer uma dualidade bem-mal que a meu ver não é completamente conseguida - e ainda bem! Se é certo que Margarida Beaufort usa claramente a religião como desculpa para todos os seus actos, seja de que natureza forem, a sua ambição desmedida não é em muito superior à de Isabel Woodville. Os meios são diferentes, o modo de encarar a vida é totalmente distinto, mas os objectivos de grandeza e segurança para elas e a respectiva família acabam por ser verdadeiramente similares.

Assim, ambos os livros se revelam uma intrincada aventura pelas mentes de duas fortes mulheres com um objectivo em comum e que se tornam aliadas sem nunca, de facto, deixarem de ser inimigas. Os jogos da corte, as trocas de poder e as reviravoltas na trama, tornam a narrativa extremamente interessante e o paralelismo estabelecido no primeiro livro do mito de Melusina, Deusa da água, com os dons e a vida da própria Isabel Woodville trás um factor curioso e de certa forma refrescante a toda a história.

Apesar de todos estes aspectos positivos, a falta de desenvolvimento da maioria dos personagens excepto as principais constitui de certo modo um entrave a uma maior envolvência com a narração. O leitor fica assim confinado ao ponto de vista que nos é oferecido pelas personagens principais, ponto de vista esse que não poucas vezes é completamente contraditório. Um factor contributivo para esta questão é o facto de a narrativa estar escrita na primeira pessoa do singular.

São, de facto, dois livros extremamente curiosos e interessantes, demonstrando ao leitor que muitas vezes não existe uma verdade, mas que esta varia de acordo com quem narra a história. Recomendo a leitura.