Drácula, o sinistro conde da Transilvânia, só pode ser morto por uma estaca espetada em pleno coração. Até que alguém consiga fazê-lo, porém, continuará a alimentar-se do sangue de inocentes, e estes, tornados mortos-vivos, passarão também a sofrer da insaciável sede de sangue.
Mas como se conseguirá preparar uma armadilha a um monstro com vastos poderes e com a sabedoria dos séculos?
Opinião:
Este livro veio parar-me às mãos um pouco sem querer. Sabem aqueles momentos em que se está a falar de algo que outra pessoa tem e vocês dizem "tens de me emprestar!" sem intenção completamente consciente de ver o objecto nas mãos durante os próximos tempos? Depois até nos esquecemos que pedimos aquilo emprestado, e normalmente fica o dito por não dito. Pois é, descobri que isso com a Ely não funciona. Na verdade, mal ela o acabou, meteu-mo nas mãos a dizer "to pediste-mo emprestado, lembras-te?". Bem, abençoado seja o Deus que inventou os amigos e as boas pessoas que nos conhecem suficientemente bem!
Drácula é um clássico! Só isto bastava para me pôr de pé atrás. Drácula, é um clássico de 1897! Isto aumentou as minhas suspeitas porque, segundo aqui já aqui disse - creio - eu tenho um pouco de medo dos clássicos e da sua linguagem e ritmo (ou falta dele). No entanto, não sei o que se passa comigo nos últimos tempos, ou se simplesmente tenho escolhido bem, porque este livro foi uma delícia de leitura do início ao fim.
A história é contada através das cartas, diários e artigos de jornal escritos e recortados por um grupo de pessoas que o destino se encarrega de ligar. A narrativa começa com Jonathan Harker, um advogado que, numa viagem de negócios à Transilvânia, se vê alojado no estranho castelo do seu também estranho cliente, o Conde Drácula. Não é preciso muito tempo para que Harker se aperceba não só que Drácula não é humano, mas também que está prisioneiro no seu castelo e à mercê de uma série de criaturas da noite. Mas será possível matar o que já se encontra morto?
A narrativa é fascinante, com linguagem delicada mas simples, que acaba por enriquecer o livro de um modo que o uso de linguagem erudita não faria. Apesar de o leitor ter claramente de se consciencializar que é um livro escrito numa época em que o catolicismo tinha uma importância e um papel social em nada comparáveis com o enquadramento actual, isso não se torna um obstáculo à leitura. Na verdade, a história é demasiado envolvente para permitir que tais potenciais entraves possam desencorajar o leitor. Longe, no entanto, de ser um livro de leitura furiosa e compulsiva, acaba por nos prender e conquistar aos poucos.
As personagem merecem também uma nota nesta opinião. Sendo completamente sincera, dos seis personagens principais do enredo (sem contar com Drácula), apenas dois se destacam. Por um lado Mina, a noiva de Jonathan Harker, que conquista o leitor pela sua coragem e determinação, apesar de ser muitas vezes descrita como uma frágil mulher e de ser necessário ter em conta a época em que o livro ser escrito para perceber que a senhora é, em verdade, uma BAMF de todo o tamanho, pelos padrões do final de século XIX. Por outro lado destaca-se também o doutor Van Helsing, que apesar de ligeiramente idoso apresenta uma capacidade de compreensão, aceitação e acção que falta em muitos casos ao grupo de personagens referidos. É Van Helsing quem, no fim (e no princípio, se formos completamente justos), se torna o verdadeiro responsável pela perseguição de Drácula e pelas almas salvas durante o processo.
Um excelente livro que me surpreendeu do início ao fim pela positiva e que recomendo a toda a gente!
Como a semana passada não postei o "Em cartaz" esta semana, ficam sugestões relativas às estreias dessa e desta semana. Btw, fui finalmente ver The Lion King em 3D na passada 3ª-feira. Basicamente, babei-me toda! Neste Em Cartaz não me apeteceu minimamente ter em conta o que dizem os críticos, nem previsões para Globos de Ouro nem nada dessas tretas. Desde que Slumdog...
Q: I saw this article the other day that asked, “Are you ashamed of skipping parts of books?” Which, naturally, made me want to ask all of YOU. Do you skip ahead in a book? Do you feel badly about it when you do? Normalmente não é minha política saltar páginas à frente nos livros, e creio que só o fiz com dois...
Um grande HURAY para mim por favor, sim? 1 - acabei o Drácula (o que não é novidade para quem viu o videozinho) e voltei às rubricas. Esta semana... Presságio de Fogo "- Nós não nos lamentamos quando uma das nossas vai para os reinos da eternidade. - disse ela, repreendendo as mulheres em pranto. - Rejubilamos porque, após servir uma vida inteira,...
Ok, eu tenho mesmo 21 anos, embora não pareça, e recuso-me a acreditar que esta seja a minha voz! Peço desculpa pela escuridão do vídeo, quarto com cortinas espessas e virado para Norte dá nisto. Enjoy (or not)! ...
But enough about interviewing other people. It’s time I interviewed YOU. Sério??? Ok, vou ali sentar-me no sofá das entrevistas, então! 1. What’s your favorite time of day to read? Todo o dia é bom para ler. No entanto em dias normais (estágio, fac, trabalhos, etc etc etc) leio mais à noite, que é quando tenho mais tempo. 2. Do you read during...
Detestas as alminhas que adoram difamar a Língua Portuguesa? Achas que há gente na Internet cujas acções são um atentado à inteligência de um ser humano? Gostas de te rir com isso? Este é o blog para ti! ...
Drácula again... Faltam-me umas 40 páginas para acabar, portanto para a semana já deve ser outro ;) "E assim ficámos até que o rubor da madrugada atravessou a escuridão da neve. Eu sentia-me triste e com medo, cheio de terror, mas quando aquele lindo sol começou a subir no horizonte, a vida voltou-me de novo. Com o primeiro indício da madrugada as três...
Sherlock Holmes é, provavelmente, a personagem fictícia mais vezes interpretada e adaptada ao cinema. A adaptação por Guy Ritchie podia ter sido simplesmente mais uma mas, talvez pela química clara entre Robert Fowney Jr. e Jude Law, foi feito um segundo filme, que estreou esta 5ª-feira. Com ele vez, esta semana, um thriller psicológico que promete tirar o fôlego aos ocupantes da sala...
Portanto, a listinha de temas continua a ser percorrida todas as semanas e eu, obviamente, tenho tendência para ignorar as listas úteis. Ou seja, tudo o que me pareça material para fazer um Friday Night Awards mais engraçado do que documental embarca aqui. Esta semana não foi, obviamente, uma excepção. Na verdade, eu provavelmente não darei os nomes que aqui estão aos filhos...
Q: 1. If you could sit down and interview anyone, who would it be? Ui, pergunta difíiiiiicil. Acho que nunca conseguiria entrevistar a tia Jo, pela necessidade recorrente de a abraçar e das lágrimas que me iriam certamente correr pelos olhos. Portanto... Literariamente falando, talvez o George R. R. Martin. Mas é complicado escolher só uma pessoa. Não literariamente falando. o Daren Criss, sem...
Escrever uma opinião sobre estes sete livrinhos é, digamos... difícil. Do mesmo modo que seria difícil escrever uma opinião sobre O Príncipezinho. Na verdade, aquando a leitura das Crónicas, comparei-os muito, perguntando-me que reacção teria se as tivesse lido enquanto criança.
Muito provavelmente a magia teria sido maior, é um facto mas, por outro lado, com certeza escapar-me-iam uma série de situações, pormenores e simbologia da qual a obra de Lewis está tão cheia.
A verdade é que em qualquer idade, estes livros agarram-nos para nunca nos deixarem o coração. Sob a forma de sete livros escritos por ordem cronológica, e usando em todos personagens principais distintas mas relacionadas umas com as outras, C. S. Lewis conta-nos a história de um país de sonho (ou talvez seja melhor descrevê-lo como um Universo Paralelo) chamado Nárnia, cuja história da Criação por Aslan, o grande leão, nos é contada em O Sobrinho do Mágico. O país evolui, as crianças deixam de ser crianças, mas a imaginação e a fantasia progridem, de geração em geração, de tio para sobrinho, de irmão para irmão, de amigo para amigo, em aventuras numerosas.
No fundo, Nárnia é o mundo perfeito dos nossos imaginários de criança, aqueles a que, a determinada altura da vida, estamos desejosos de voltar. Mas é um mundo cheio de metáforas para os adultos, para todo o tipo de adultos, desde os que passam pela vida pensando continuamente e apenas no futuro, aos que se esquecem das coisas realmente importantes, passando pelos que percorrem os caminhos da vida temendo os da morte. Mas é também para aqueles que se mantêm eternamente jovens e que acreditam na magia por a verem todos os dias nas pequenas coisas.
Livrinhos deliciosos para se ler e reler desde tenra idade... e que nos ajudam a reflectir e talvez, quem sabe, a ser um bocadinho mais felizes.
Na Companhia da Cortesã é um romance épico sobre a vida na Itália Renascentista. Fugindo ao saque de Roma de 1527, com os estômagos revolvidos por causa das jóias que engoliram, a cortesã Fiammetta e o seu companheiro anão Bucino dirigem-se a Veneza, a esplendorosa cidade nascida do comércio entre o Oriente e o Ocidente: rica e bafienta, piedosa e lucrativa, bela e esquálida. Um misto de coragem e esperteza permite que se infiltrem na sociedade veneziana. Juntos, eles formam a sociedade perfeita: o anão arguto e a sua bonita ama, exercitada desde a nascença para seduzir, divertir e satisfazer os homens. Contudo, à medida que vão ficando mais ricos, esta sociedade perfeita fica ameaçada — devido à paixão de um amante que quer mais do que as noites a que tem direito, e às atenções de um admirador turco à procura de novidades para a corte do seu sultão. No entanto, o maior desafio provém de uma jovem mulher aleijada que se insinua nas suas vidas e corações com consequências devastadoras para todos.
Opinião:
Esta não foi a minha estreia com Sarah Dunant. Comprei, aliás, o livro devido à excelente experiência que tive com a leitura de O Nascimento de Vénus, excelente livro da mesma autora. Claro que aproveitei o facto de estar a 5 euros no alfarrabista da Feira do Livro do Porto, mas isso não vem ao caso!
Assim, e talvez por esperar um livro ao nível da minha anterior leitura, posso dizer que terminei Na Companhia da Cortesã com um sabor amargo na boca. Não que não se trate de um bom livro porque é-o, de facto. Sarah Dunant escreve bem de qualquer modo, mesmo que sem o brilhantismo (e, atrevo-me a dizer, a experiência) de outros livros. A história é simples e coesa, o enquadramento histórico perfeitamente delineado e o protagonista extremamente original e interessante.
Mas falta-lhe algo difícil de definir. Talvez seja a acção, pouco abundante num romance que se arrasta por mais de 300 páginas, ou a emoção, que é dificilmente transposta para o leitor. Muito provavelmente será pelo facto de a questão principal do livro não ser tão interessante assim.
Apesar da falta de brilho da história, as personagens revelam-se bem construídas e pensadas e dão ao livro a pouca cor que possui. Falo particularmente do narrador Bucino, o anão, criado (ou amigo) de Fiammetta, uma cortesã que para além de bela é corajosa e inteligente; e de La Draga, a mais misteriosa das personagens e que contribui consideravelmente para o desfecho do livro.
De facto, é precisamente o início, com um enquadramento muito bom e uma maravilhosa descrição do saque a Roma; e a reviravolta final que fazem valer a pena a leitura.
Um livro mediano, para quem queira uma história simples, mas com alguns apontamentos interessantes.
Isto dos blogues no facebook está na moda e de um momento para o outro apeteceu-me e plim! Fiz uma página aqui para o blogue! Vão lá e "gostem". Aliás, comentem, dêem sugestões, passem para dizer um "olá!". É só clicar AQUI! Kiss, kiss ...
Esta semana dois filmes marcados pelo suspense. Apollo 18 > Título original: Apollo 18 De: Gonzalo López-Gallego Com: Warren Christie, Lloyd Owen, Ryan Robbins Género: Thriller, Ficção Científica Classificação: M/12 Outros dados: EUA, 2011, Cores, 86 min. Sinopse: Segundo a versão oficial da NASA, Apollo 17 foi a sexta e última missão do Projecto Apollo, pisando o solo lunar em 1972. A missão 18 terá sido abortada por questões políticas...
Terminei finalmente a leitura do livro da Sarah Dunant. Alegrem-se que esta semana... Há "Drácula" de Bram Stoker, um livro que estou a leu aos pouquinhos e estou a gostar imenso! "Depois os olhos dela fitaram-nos. Os olhos de Lucy em forma e cor, mas os olhos de Lucy impuros e plenos do fogo do inferno, em vez das órbitas puras e meigas...