Sinopse:
Terre d'Ange é um lugar de beleza sem igual. Diz-se que os anjos deram com a terra e a acharam boa... e que a raça resultante do amor entre anjos e humanos se rege por uma simples regra: ama à tua vontade. Phèdre nó Delaunay foi vendida para a servidão em criança. O seu contrato foi comprado por um fidalgo, o primeiro a reconhecê-la como alguém atingido pelo Dardo de Kushiel, eleita para toda a vida experimentar a dor e o prazer como uma coisa só. Ele adestrou Phèdre nas artes palacianas e nos talentos de alcova - e, acima de tudo, na habilidade de observar, recordar e analisar. Quando tropeçou numa trama que ameaçava os próprios alicerces da sua pátria, ela abriu mão de tudo o que lhe era mais querido para salvá-la. Sobreviveu, e viveu para que outros contassem a sua história, e se eles embelezaram o conto com tecido de mítico esplendor, não ficaram muito aquém da realidade. As mãos dos deuses pousam pesadamente sobre a fronte de Phèdre, e ainda não deram a sua missão por te rminada. Embora a jovem rainha que jaz sentada no trono seja bem amada pelo povo, há quem creia que outro deveria usar a coroa... e aqueles que escaparam à ira dos poderosos ainda não acabaram as suas tramas de poder e vingança.
Opinião literária:
Depois de um livro de estreia extremamente interessante (retirando aquela parte em que quem é português tem de comprar 2 livros em vez de um) e verdadeiramente empolgante, de uma evolução de personagens excelente e da demonstração de uma capacidade descritiva soberba, Jacqueline Carey resolveu escrever uma sequela. E estragou tudo!
Não é que a sua capacidade descritiva e de escrita em geral se tenha deteriorado! De forma alguma, até porque acho que quem realmente sabe escrever (sabedoria essa que acorre com abundância à mente da Sra Carey) não desaprende de um momento para o outro. No entanto nota-se tremendamente que a continuação apareceu de forma forçada, e isso comprometeu a mente de Carey de tal forma que a história é, simplesmente, desinteressante. Desinteressante e previsível, devo acrescentar.
Em "A Eleita de Kushiel" a heroína de Terre D'Ange, Phèdre nó Delaunay, inicia uma jornada de busca pela traidora Melisande Sharizai... e perde a maturidade e o bom senso pelo caminho (sem falar de Joscelin). Num tom obstinado, Carey destrói toda a evolução de personagens que se verifica no 1º livro (1º e 2º em tuga), apagando uma parte considerável do brilhantismo da primeira história. E isso é, verdadeiramente, uma pena!
Seja como for, lerei o próximo volume quando o arranjar, pois espero o rasgo de luz que sei que a autora é capaz de produzir.
- 11:45
- 0 Comments