Mundo Cinéfilo: Moulin Rouge (2001)

15:05



Título original: Moulin Rouge
De: Baz Luhrmann
Com: Nicole Kidman, Ewan McGregor, John Leguizamo, Jim Broadbent
Género: Drama, Musical, Romance
Classificação: M/12
Outros dados: EUA, 2001, Cores, 127 min.

Informações:
Baseado em  La bohème de Giacomo Puccini, La traviata de Giuseppe Verdi, e Orphée aux enfers de Jacques Offenbach, Moulin Rouge conta a história de Christian (Ewan McGregor), um jovem escritor que possui um dom para a poesia e enfrenta o seu pai para se poder mudar para o bairro boémio de Montmartre, em Paris. Lá ele recebe o apoio de Henri de Toulouse-Latrec (John Leguizamo), que o ajuda a participar da vida social e cultural do local, que gira em torno do Moulin Rouge, um cabaret que possui um mundo próprio de sexo, drogas, adrenalina e Can-Can. Ao visitar o local, Christian apaixona-se por Satine (Nicole Kidman), a mais bela cortesã de Paris e estrela maior do Moulin Rouge.
Vencedor de uma série dos mais aclamados prémios de cinema a nível mundial, recebeu dois Oscars da Academia, em 2002, nas categorias de Melhor Figurino e Melhor Direcção de Arte, e  recebendo nomeações para mais 6 Categorias, entre as quais Melhor Filme, Melhor Actriz e Melhor Banda Sonora. Aclamado pela crítica em todo o mundo, foi o primeiro musical a figurar nas nomeações para Melhor Filme num período de dez anos.

Sim, eu sei, chegar a 2011 sem nunca ter visto Moulin Rouge é praticamente um crime. Mas, hey, chegar a 2012 sem ter visto o filme seria ainda pior! E ainda bem que não o fiz!

Opinião:
Dispensando qualquer tipo de introduções, a minha primeira declaração é simples. 
O filme é absolutamente perfeito mas, posso dizer, bastante fora do comum. De certa forma é curioso, porque estava à espera de algo completamente romântico, com músicas originais e uma performance séria e dramática sobre um amor proibido do início ao fim e... bem, Moulin Rouge é tudo menos isso!

Em primeiro lugar, apesar de falar de amor, não é romântico ao ponto de apenas os protagonistas serem verdadeiramente a unica coisa importante no enredo. Ok, tenho de admitir que, na realidade, eles são e sim, talvez não haja cena em que eles não apareçam, mas mesmo as personagens secundárias têm aquele pormenor indefinido que as fazem queridas ao nosso coração. Isto complementa-se com o facto de, apesar de não ser completamente romântico, também não ser absolutamente dramático. Na verdade, a genialidade com que são intercaladas cenas absolutamente hilariantes com outras mais emocionalmente envolventes é um dos pontos mais fortes do filme. Na verdade, e numa série de aspectos, Moulin Rouge tem uma atmosfera nonsense fantástica e extremamente bem feita, que, num equilíbrio maravilhoso e difícil de atingir, confere ao filme uma originalidade sem precedentes sem nunca lhe retirar a característica dramática principal.

Tudo isto é ainda melhorado pela maravilhosa Banda Sonora. Não me lembro de alguma vez ter ouvido alguma coisa assim, para ser franca. Na verdade, quando esperava fielmente uma série de canções originais a apresentar Christian, e depois Satine, e depois quando eles se conhecem e etc etc numa estrutura normal de um qualquer musical deparo-me com... The Sound of Music, supostamente saído dos lábios e da mente de Christian e com... Smells Like Teen Spirit, naquele que deve ser o melhor Flashmob que qualquer Cabaret alguma vez fez. Isto para citar os primeiros dois que me saltaram particularmente à vista. A única música original, Come What May é também extremamente bonita, e a sua utilização nas cenas finais absolutamente comovente.

Sim, porque não pense que se sai deste filme apenas com lágrimas de riso. As emoções acumuladas são imensas e de ordem muito variada, passando-se da alegria ao suspense e à comoção num espaço de segundos que não vemos passar e sendo impossível deixar de se sofrer com todos os obstáculos impostos aos amantes proibidos. Isto deve-se principalmente à interpretação dos actores, estando tanto Nicole Kidman como Ewan McGregor (ou o homem canta extremamente bem ou então usaram muito autotune) soberbos. 

Visualmente o filme também se destaca pela positiva, no pormenor e cuidado dado ao mais pequeno detalhe, valendo, o resultado final, sem qualquer tipo de dúvida, os dois anos necessários para concluir as gravações e as lesões que se verificaram de permeio.

O efeito final é fantástico sendo o resultado um filme que tem, em boa verdade, tudo o que um dos melhores filmes de sempre precisa de ter. Entra, sem dúvida, para a minha lista de favoritos!

P.S. - Moulin Rouge é um daqueles filmes que merece uma recapitulação pormenorizada mas, como não atinjo nem de longe a excelência da Moggo nesse campo, é melhor não arriscar.

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5 comentários

  1. Mar, Mar, tu ainda não tinhas visto um dos meus filmes preferidos de sempre??=o
    Ai,ai, ai!
    Adorei a tua opinião, acho que traduz tudo aquilo que o filme nos transmite =)

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  2. Bom, agora está visto XD
    Mas olha que eu fiz pior... Vi o filme numas férias no Brasil e aqueles meninos têm o terrivel hábito de dobrar tudo e mais alguma coisa, houve uma parte em que a gaja que dobrava a Kidman começou a fazer uns barulhos que parecia uma cadela a latir... Graças a Deus mantiveram as musicas originais.

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  3. Ai Credo, Deuses, meu Merlin!... ME-DO!

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  4. Se é crime ter chegado a 2011 sem ter visto o Moulin Rouge, eu sou culpada... e parece-me que provavelmente também vou chegar a 2012 sem o ver. Embora depois de ler a tua opinião a vontade tenha aumentado!

    ps: descobri o teu blog à uns dias e parece-me bastante interessante :P

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  5. Lol, deixa lá Mariana, eu só vi por acaso mesmo, foi do género abrir a pasta do disco externo e pensar "o que é que vou ver hoje?" e plim! Apeteceu-me. XD

    Obrigada! :D Continua por aki ;)

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