Sabem aquela altura em que o Natal não era só prendas prendas e mais prendas? Em que se dava valor à família e aos amigos, e era uma época verdadeiramente romélica (no bom sentido) e gira, a única altura do ano em que todos se juntavam para desafinar em conjunto as músicas de Natal, enquanto se vão distribuindo enfeites pela casa?

Então porque raio agora em que deixámos de ser a criança de sempre é que o Natal se decidiu tranformar no desfile do quem dá mais? Quer dizer, desde quando temos de dar prenda a todos só porque sim? Detesto dar prendas só porque sim, ainda para mais no Natal. Na verdade, e que tal estabelecer o bom hábito do "eish, esta coisa é mesmo gira para a pessoa X, vou comprar-lhe!"?

Pessoalmente é o que mais gosto de fazer e para mim era assim que funcionava, nem que fosse tecnicamente "obrigatório" dar uma prenda a cada pessoa que se gosta pelo menos uma vez no ano somente... porque sim! Não uma prenda de Natal, não uma prenda de aniversário, não um cartão disto e daquilo, ou porque teve um filho, ou porque casou, ou porque isto isto e aquilo... Só porque somente se viu aquilo e achou-se giro para uma pessoa. Acreditem em mim, sabe muuuuito melhor do andar uma semana antes do Natal a correr atrás do que poderão apenas eventualmente ser boas prendas!

O problema é que, lá está, agora somos quase obrigados a dar a toda a gente uma prenda no Natal! E agora com a crise, a coisa aperta mais ainda, e há que poupar! Por exemplo, uma das minhas prendas de Natal para uma amiga minha foi comprada em Julho. Foi como acabei de explicar, vi - adorei - "é a cara dela" - comprei. Claro que, com estas coisas de apertar o cinto, acabei por guardar a prenda e vou dar-lhe só agora no Natal, porque tem de se dar prenda a toda a gente na mesma altura para ninguém ficar aborrecido com um "ela teve prenda e eu não!" (embora eu não acredite que a pessoa em questão ficasse verdadeiramente chateada) e eu não posso lembrar "aaah mas eu dei-te a prenda XPTO e a ela não lhe dei nada!". Esse tipo de situações é verdadeiramente chato.

Bem, no fim de contas, o Natal é a grande fonte do comércio e este ano vou gastar o mínimo possível com lembranças bonitas mas muito simples!

Música: Last Christmas - Wham!

Belladonna é o segundo volume publicado por Anne Bishop cuja acção ocorre no universo da estilhaçada Efémera, mundo dividido por diferentes paisagens ligadas por pontes que levam quem as atravessa não ao local de destino pretendido, mas à paisagem que o seu coração realemente deseja atingir.

Neste segundo volume, a personagem central é a carismática Glorianna Belladonna, Paisagista e Guia do Coração que tem como missão destruir o Ente denominado Devorador do Mundo detendo a total Escuridão em que o mesmo pretende mergulhar todas as paisagens.

Uma vez lida qualquer obra de Anne Bishop, destacam-se de imediato dois pontos que tornam a sua escrita extremamente forte. Por um lado temos o pano de fundo dos acontecimentos e todo o enquadramento dos seus romances, que nos colocam em Mundos incrivelmente imaginativos e complexos e nos prendem de imediato tanto na tentativa de compreensão dos mesmos como na narrativa desenvolvida a partir destes. Por outro lado, são as personagens que mais marcam o leitor, pela sua personalidade e caracterização, que lhes confere um realismo muito poucas vezes visto. O mistério das mesmas, combinado com a dose certa de comédia e "maldade", introduzindo-as num jogo onde ninguém é totalmente bom ou mau e nem tudo é o que parece.

De facto, a narrativa é totalmente marcada por estas dualidades que se completam: Bem/Mal, Luz/Escuridão, Certo/Errado, sendo a conclusão, em última análise, não a vitória de uma facção sobre a outra, mas sim o equilíbrio entre as variáveis.

Note-se que apesar da linguagem simples, é necessária uma leitura atenta do livro, de modo a entender todo o enquadramento e implicações de cada diálogo na mesma. Aqui, muita da história é contada através das expressões em suspenso, do que não é dito em voz alta, quer por narrador quer por personagens, o que, por um lado permite ao leitor uma maior flexibilidade imaginativa e criando, por outro, uma certa confusão na própria narrativa.

Em comparação com "Sebastian", anterior volume publicado, "Belladonna" revela-se menos surpreendente e interessante. Confesso que esperava mais da personagem principal, uma vez que em "Sebastian" esta é apresentada de um modo bastante mais "sombrio" que a torna do meu ponto de vista muito mais original e curiosa. Já em "Belladonna", esta é convertida numa mulher que apesar de forte ilustra com regularidade os seus pensamentos de menina, o que transforma um pouco o seu mistério em desinteresse. A narrativa, apesar de fluída, acaba por sofrer pela letargia da própria Glorianna, tormando regularmente a acção um ritmo demasiado baixo.

Assim, o balanço que faço, apesar de ter preferido claramente "Sebastian", é extremamente positivo. "Belladonna" é um excelente livro e um bom representante da escrita de Anne Bishop.

Foi com alguma expectativa que peguei neste segundo volume da série “Uglies”, uma vez que o primeiro, apesar de ser dirigido a uma faixa etária ligeiramente abaixo da minha, me surpreendeu pela originalidade da história e exposição de ideias controversas, criando um clima de debate, podemos dizer, entre os leitores e consigo mesmos.

Assim, acabei por ver-me ansiosa por desfolhar este segundo volume, “Perfeitos”, seguindo atentamente mais um capítulo da história de Tally Youngblood que, já Perfeita, se vê dividida pela fácil e inconsequente vida na cidade enquanto Perfeita e a manutenção do seu estado “borbulhante”, que constitui por si só o único modo de se manter lúcida e deixar para trás todos os manipulados fúteis pensamentos de Perfeita.

Apesar de pontuado por um ou outro factor original (a existência da povoação índia como população de estudo que revela até certo ponto que os Perfeitos não o são tão em mente como em corpo; ou o próprio final constituem disso exemplo), este segundo livro deixou-me, de certo modo, ligeiramente desapontada. Se é um facto que já a anterior obra não era em si mesma algo de verdadeiramente fantástico, a verdade é que primava por uma série de novas ideias e de questões passíveis de discussão que tornava o balanço da sua leitura bastante positivo, factores estes que se perdem em grande parte neste segundo livro, no meio de uma prioridade dada à acção que acaba por se tornar repetitiva e, de certo modo, até cansativa.

A narrativa perde também quando analisado o seu fio condutor e o próprio sentido da mesma, havendo acontecimentos que por vezes parecem por si só não fluir naturalmente mas sim ser forçados a ocorrer de determinado modo, sendo prejudicada a relação entre acontecimentos e a justificação das acções de algumas personagens.

Apesar de todos estes factores, um ponto altamente positivo terá de ser dado ao final do livro. Será, por si só, a única parte verdadeiramente imaginativa do romance, que vale pela surpresa proporcionada ao leitor e por toda a variedade de acontecimentos ocorridos, numa reviravolta à narrativa que nos faz querer de imadiato saber o que ocorre em seguida, e que me motivou, mais que qualquer outra coisa, a ler o terceiro volume, "Especiais".

Assim, e apesar da qualidade desta sequela ser claramente inferior ao primeiro livro da Série "Uglies", recomendo a sua leitura como livro leve e simples que é, numa continuidade de um primeiro volume muito bom e na antecedência de um (espero) excelente terceiro volume.

Inspirado pela minha mana Isabel, que, mesmo longe, e não sabendo que o fez, conseguiu capturar os meus sentimentos.

Mas tornem a coisa pior quando o vosso professor de Física, vos torna as aulas não só tudo isso que eu já falei, mas simplesmente insupotáveis!
Pronto, é isto!

E enquanto estou aqui sem fazer nada de jeito, numa aula sobre a qual não percebo metade, quando podia estar a fazer coisas mais úteis e interessantes. Podia estudar, que é uma coisa que ainda não fiz e que devia mesmo ter feito! Enfim...

Recado deste post: não vão às aulas de física com um prof. como o meu, a não ser que queiram ter pesadelos ou dormir nos próximos 3 dias para recuperar do choque.

Era uma vez 3 raparigas, filhas únicas (diz a C) com uma missão!! Viajar até terras Viennetas!

Depois de um vôo extenuante, completando uma travessia incansável sobre mais de 20 países (não confirmei a informação), um taxista careiro, e uma porta muito estranha que abre sozinha, eis que as ditas meninas foram recebidas na sua estadia por um estranho homem de óculos escuros (note-se que a C é a única pessoa que usa óculos escuros aqui e ESTÁ DE NOITE!)

Chegadas ao quarto, reparam que os lençóis da J tinham os estranhos caracteres (e depois dizem que os tugas é que são vândalos paaah!) e ela não dormiu com eles, claro. É importante referir também que os lençóis aqui são lençóis-cama o que é muito estranho, e a J fez questão de os manchar mais um bocadinho com o verniz roxo da C. Fez ela muito bem!

Devo avisar a todos os que querem andar por aqui outra coisa muito importante: AQUI NÃO HÁ ÁGUA SEM GÁS!!! Não venham sem água, por favor, para bem de toda a humanidade.

O McDonalds também não sabe ao mesmo, e não há McRoyal Bacon, nem Menus do tamanho normal. Ah e também não há Doublecheeseburguer!

A C diz que encontrou o amor da vida dela, diz que é de Lisboa e descobrimos por acaso que era tuga. No meio de tanta gente a falar tantas línguas diferentes a coisa pode tornar-se confusa. Seja como for a voz do gajo é bonita. XD

Bem, cá vamos nós tentar encontrar um sítio para jantar em condições (se é que há por aqui)!

O Portugal Creative, em parceria com a Chiado Editora tem a honra de apresentar o:

Como manda a tradição no Fórum Portugal Creative, e o mês de Outubro não é excepção, inicia-se mais um Concurso Literário, com a diferença de que desta vez temos o apoio da Chiado Editora que fornecerá os prémios para os 3 vencedores.

O concurso consiste no lançamento de uma frase, normalmente de famosos (retirada de um livro ou de um filme), na qual os participantes, que só a saberão depois de terminadas as inscrições, terão que escrever um texto em que a temática ou a frase esteja subjacente ou incluída.

Os textos deverão ser enviados para portugalcreative@gmail.com para que o jurado, composto por um membro do STAFF do Portugal Creative e um membro convidado do STAFF do Segredo dos Livros, FBeatriz, possa ler e avaliar.

Datas e Prazos:
01.10.2010 a 08.10.2010 - Inscrições (todos interessados).

09.10.2010 - Apresentação da frase.

10.10.2010 a 30.10.2010 - Entrega dos textos.

Tolerância: Serão aceites textos até 48 horas após data limite de entrega.

Regulamento:
Tema - Frase dada
Limite de folhas - 5 páginas A4 com 1 de tolerância
Tamanho e tipo de letra - 11 se Arial; 12 se for Times New Roman

Espaçamento - 1,15
Título - obrigatório

Formato de ficheiro - *.doc ou *.docx

Critérios de avaliação:
Ortografia - 10 pontos
História (50 pontos)

• Originalidade, gosto pessoal, enredo, personagens - 30 pontos
• Frase - 20 pontos*

Forma do texto (40 pontos)

• Organização do texto - 15 pontos (parágrafos, excesso de discurso ou de narrativa, falta de introdução, desenvolvimento, conclusão, ou de ligação de ideias)
• Linguagem - 15 pontos
• Título - 10 pontos

*ATENÇÃO!!!!! NÃO É OBRIGATÓRIO o uso da frase explicitamente no texto. Ou seja, o tema é a frase, o enredo tem de estar à volta da frase MAS podem não pôr ninguém a dizer a frase. Aqueles 20 pontos serão atribuídos com base neste pressuposto.

Prémios:
1º Lugar - 1 exemplar do livro "24 de Hora a Hora", 1 exemplar do livro "Uma Vida como Tantas Outras" e 1 marcador de páginas
2º Lugar - 1 exemplar do livro "24 de Hora a Hora" e 1 marcador de páginas
3º Lugar - 1 exemplar do livro "24 de Hora a Hora"

A Não Esquecer:
- Ser seguidor (facultativo)
- Enviar dados (nome completo e e-mail válido para portugalcreative@gmail.com) (obrigatório)

Há coisas tão naturais quanto respirar em casamentos. Quem é que nunca se queixa da música pimba? Ou que os sapatos são tão desconfortáveis que temos de os trocar ou (melhor ainda) descalçar? Melhor, quem é que viu um casamento em que a noiva nunca tropeçou desesperadamente no vestido depois de uma sessão de fotos de horas e um almoço às 5 da tarde?

Pois, lá está, ninguém!

Já dizia o senhor Camões que "Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades", mas a verdade verdadinha é que isso nunca atinge nem atingirá um belo de um casório português. Por mais repertórios apresentados, tem de haver 70% de música pimba, no mínimo, uma fotografia com cada convidadozinho (sem falar nos que pedem várias) e senhoras em altos e elegantes stilettos cheios de classe que acabam descalças e apenas com uns copos a mais (a classe foi-se).

No sábado, entre uma jornada de música sertaneja tão grande que não vou poder ouvir sotaque brasileiro até à próxima encarnação (perdoem-me se levanto susceptibilidades) comecei, de facto, a questionar-me sobre algo que sempre notei nos casamentos mas em que, de facto, nunca tinha reparado verdadeiramente: tecidos brilhantes.

Digam-me, porque é que muitas mulheres teimam em levar vestidos feitos com tecidos brilhantes a casamentos? Tecidos brilhantes, gente!!!! Olhem à vossa volta, tecidos brilhantes não ficam bem nem à Virgem Maria que, segundo consta, faz milagres! Tecidos brilhantes NÃO SÃO ELEGANTES e não vos deixam sexys! E nem estou a falar no facto da maioria serem comprados nos chineses (ou parecerem que são, o que é pior), eu até sou uma adepta da compra oriental em certas alturas, mas há limites!

Porque minhas senhoras, a verdade é só uma - e deixo aqui o aviso, deixado em pessoa pela Tyra Banks: Os tecidos brilhantes fazem-vos parecer mais gordas!

Portanto, insurjo-me aqui, em pessoa e com total indignação, com duas frases de ordem:

Abaixo os tecidos brilhantes em casamentos!

Não se atrevam a tocar música sertaneja ao meu ouvido!

Opinião literária:

Apesar de não ser o meu típico tipo de leitura, devido à parceria entre o Portugal Creative e a Civilização Editora recebi e li (de modo a puder fazer esta crítica) o livro "Um Dia" de David Nicholls com algum entusiasmo devido às imensas críticas positivas e bem argumentadas que vi por aí na blogosfera.

A história é, de facto, bastante simples. Trata-se do relato de 20 anos na vida de duas pessoas que têm em comum apenas uma noite num apartamento. Emma Morley e Dexter Mayhew não são, tanto quanto a minha pouca leitura do género me faz saber, as típicas personagens românticas, feitas uma para a outra, sendo a vida a principal reponsável pelas constantes contrariedades do seu romance. São sim a antítese um do outro, um par invulgar, porém simpático e divertido, que se vai descobrindo por acaso (e nunca sem dificuldades) ao longo de 20 atribulados anos. E durante todo o livro o leitor é levado numa viagem não só pela vida mas pelas características de cada um, apercebendo-se do quão (não) são feitos um para o outro. Frequentemente vi-me simplesmente a desejar que nunca mais se vissem, enquanto em outras alturas mal via o momento em que ficariam juntos e é esta ambiguidade, não só da narrativa como também das personagens, que torna este um romance distinto e demarcado dos restantes.

A estrutura também contribui para a diferenciação supra citada. De facto, a divisão em capítulos em que, regra geral, cada um representa o mesmo dia passado na vida de ambos em anos sucessivos é uma original forma de expôr a narrativa havendo, no entanto, uma frequente sensação por parte do leitor que há algo que falta, pormenores por explicar, detalhes por descrever. A fluidez da história perde-se um pouco nestes "buracos" narrativos em que o leitor tropeça.

O final, esse, que dizem ser a parte mais importante de todos os livros é simultaneamente inesperado e previsível. Por um lado é um final demasiado frequente e recorrente no tipo de livro em causa, por outro ocorre a uma altura da narrativa em que não estamos simplesmente preparados para ele, chegando de surpresa e acabando por apanhar o leitor desprevenido.

Apesar de não achar este um Romance inesquecível, apaixonante e arrebatador é, sem dúvida, um livro que marca positivamente a diferença no género, desde as personagens à própria linguagem e conteúdo. Assim recomendo a sua leitura a quem não espera um grande clássico ou um livro psicologicamente muito denso.

Como filha de uma professora de História talvez seja normal que eu seja desde pequena uma interessada pela temática em geral, de todo o desenrolar de acontecimentos, dos governantes, das sociedades, dos factos, amores, desamores, traições e etc. Na verdade sou uma apaixonada por História (quando contada de forma simples) e quem me conhece sabe que tenho o bichinho da Idade Média e dos acontecimentos da mesma (talvez porque seja parecido com uma novela gigantesca mas com muito melhor argumento e muito mais acção).

Pois bem, uma história que sempre me atraiu foi a época Inglesa da Guerra das Rosas e consequente e posterior domínio da casa de York sobre Inglaterra, tendo a mais fantástica família de governantes que a Europa jamais viu à sua cabeça: os Tudor.
Os Tudor foram celebrizados principalmente pelo mais mítico e conhecido Rei de todos os tempos: Henrique VIII, fundador da Igreja Ortodoxa e marido de seis rainhas diferentes ao longo da sua vida, na busca incessante de um filho-varão que pudesse garantir a sucessão (curiosamente, ou talvez sejam apenas desígnios da vida, é uma das suas filhas que acaba por subir ao trono). De entre todas as suas esposas, a mais conhecida será, sem dúvida, Ana Bolena, mandada decapitar pelo próprio Rei sob acusações como bruxaria e incesto.

Foi tentada a ler uma versão romanceada da história que peguei neste livro aqui ao lado de Philippa Gregory, intitulado "Duas Irmãs, Um Rei" e, ao fim da sua leitura, fiquei tão encantada que procurei saber mais e mais.

A primeira coisa que fiz foi ver todos os livros de Gregory e colocá-los por ordem cronológica para os poder encontrar e ler.

A segunda coisa foi deparar-me com esta série: The Tudors.



The Tudors é uma série actualmente com 4 temporadas, baseada em todo o reinado de Henrique VIII. Apesar de só ter visto até agora 3 episódios, e de se notarem claramente alguns erros históricos crassos possui um argumento envolvente que me vai prendendo episódio a episódio, envolvendo quem o vê a pouco e pouco nos jogos da corte e na trama e drama da vida das personagens de modo a nunca se saber o que vai ocorrer a seguir e até que ponto a traição, a ambição e a mentira são passíveis de reinar numa corte conspurcada por um Rei boémio em busca de glória.

Aconselho vivamente, mas atenção ao menores de 16 anos! Meninos, isto não é para as vossas idades (esta é a altura em que os menores de 16 me estão a insultar violentamente :P)

Ontem a ida à faculdade acabou por se reveler uma bela perda de tempo. Quer dizer, porque raio é que nos mandam ir de propósito a um sítio para uma reunião em que não respondem (nem querem responder, pelos vistos) às nossas dúvidas e perguntas e o pouco de tempo em que se dirigem a nós (e não só a uns determinados ranhosos que têm a mania que são bons - e sim, digo ranhosos porque é a mais pura das verdades e muito muito muito poucos se safam) é para se gabarem disto e daquilo e deitarem palha ao ar sem explicarem nada? (Ok, foi uma frase de meio quilómetro mas vocês perceberam).

Consequência: cheguei a casa e só me apetecia bater com a cabeça contra as paredes (a minha e a de outras pessoas) e nem tive paciência (imaginem o estado crítico) para ir direito ao fórum e dar atenção a coisas importantes.

E adivinhem lá! Recebo uma mensagem da minha mana Ana a dizer que ela também estava exactamente como eu! Isto só prova que há quem pense como eu, o que põe ligeiramente menos em causa a minha sanidade mental. Isto visto do lado positivo da coisa, porque é óbvio que eu não quero que ela tenha tido o mesmo que eu. Mas este facto, acrescido a alguns outros e uma franja em comum me diz cada vez mais que somos capazes de ser gémeas e nem o sabemos. E assim se descobrem os mistérios da vida! (que frase mais estúpida -.-)

A verdade é que agora, na manhã do dia seguinte já estou um bocado melhor, e vendo as coisas de uma perspectiva diferente posso dizer que há sempre um lado positivo e um negativo nas coisas. Trocando por miúdos, podemos dizer sabiamente que "Nem tudo é mau!". E neste caso:

Por isso meus amigos, façam o que eu não fiz: se estão a ver que vai ser uma pura perda de tempo FALTEM! Tempo não é coisa que nasça nas árvores para ser desperdiçado a toda a hora. É mais como o petróleo: pensamos sempre que há mais e quando se vai a ver... pluft! Só que neste caso não há uma "energia renovável" alternativa.

Música: Don't Go Away - Oasis

O meu post de hoje é verdadeiramente depressivo. Preparem-se, a sério!

A verdade é que detesto domingos. E porquê? Por várias razões. A primeira é simplesmente porque existe uma única palavra para qualificar verdadeiramente um domingo: "PASMACEIRA"! É verdade, não sei se é só para mim ou se mais alguém se identifica, mas na minha mentezinha o domingo sempre foi aquele dia em que se fica em casa a tarde toda a ver as mesmas decrépitas comédias românticas que já passaram mil vezes na TV ou então se dá a "voltinha de domingo" que representa um par de horas a andar pela marginal sem sair do carro. Mesmo agora, com 19 anos de idade e sem dar a "voltinha" há mais anos do que me consigo lembrar (imaginem quando tiver uns 80 anos do que já me terei esquecido) essa recordação de infância atormenta-me como uma pedra a moer-me o juízo.

Pois, não é nada bom.

Fica pior quando se pensa que amanhã é 2ª feira, dia que é, por norma, o preterido dos portugueses, por razões que todos conhecemos.

Mas fica muito, muito pior, meus amigos, quando hoje, Domingo, é o nosso último dia de férias, principalmente quando é o último dia entre o 2º e o 3º ano de Faculdade!

Quer dizer, não é que eu não sinta falta dos amigos e colegas, até de (alguns) professores da vasta equipa do mui nobre Departamento de Curso e não esteja ansiosa pelo Congresso Europeu e pelos dois meses de Estágio, e por todos os eventos (cof cof) que advêm do tempo de aulas. Mas quem me pode censurar sabemos todos que com isso vêm também o estudo, os resumos, as aulas a dormir, as 3 horas (ou mais) de viagem diárias, etc etc etc?

Pois, bem sei, ninguém!

E, com isto, vou comer e ver os "Ídolos" que preciso de me rir um bocado!

Música: Viva La Vida - Coldplay

Foi na Feira do Livro do Porto, devido à bendita promoção da Saída de Emergência do "Leve 3, Pague 2", que resolvi levar o primeiro volume desta maravilhosa saga intitulado "A Guerra dos Tronos". Confesso que me fazia falta um bom livro de Fantasia ao maravilhoso estilo de Tolkien, e a verdade é que as promessas não me saíram minimamente furadas.

Martin escreve e descreve com mestria, prendendo-nos à narrativa de uma forma que poucos conseguem fazer e tendo a vantagem de nunca tornar a leitura cansativa. As descrições são ricas sem envolver um grande número de páginas, o que só aumenta a força do mundo criado pelo autor e a relação do leitor com o mesmo. Neste aspecto, e tendo lido obras de Tolkien, com quem é frequentemente comparado, considero que Martin tem uma vantagem considerável pois as descrições menos extensas tornam a leitura mais acessível a um maior grupo de leitores e mais vívida para os leitores regulares deste tipo de romance.

Apesar de tudo isto, considero que o ponto mais forte de toda a obra é o modo como a mesma está estruturada e a narrativa em si.
"A Guerra dos Tronos" é o início do drama da Família Stark. Eddard Stark, pai de uma família com 6 filhos, um deles o bastardo Jon Snow, e governador da invernosa e remota Winterfell é convocado pelo Rei Robert Baratheon para ser Mão do Rei após a suspeita morte do anterior ocupante do cargo. Não querendo deixar Winterfell e a família a lealdade para com o seu Rei e amigo acaba por prevalecer quando Eddard se apercebe que, devido à poderosa influência da família Lannister - a família da Rainha - a morte do antigo Mão do Rei pode ter sido apenas o início de uma grande conspiração de Poder. A partir deste ponto, George Martin leva-nos para uma vertiginosa história de traição, drama e lágrimas, num jogo complexo pelo Trono dos Sete Reinos, ocupado por uma sombra do homem que o conquistara. A pouco e pouco, Eddard descobre que na cidade de Porto Real, morada do rei, não se pode encontrar amizade , nem confiança e muito menos lealdade, até na própria família. Entre o ganancioso e vil Clã Lannister e o fraco Viserys, "o Rei Pedinte", prepara-se uma aparentemente inesperada Guerra, somando-se a estes problemas o sussurro audível, pela Patrulha da Noite, guardiã da Grande Muralha, a Norte, da frase que por séculos foi lema da família Stark, apesar de não ter aparente significado: "O Inverno está a chegar."

Os vários capítulos, sempre intitulados pela personagem sob o ponto de vista do qual cada um é escrito possuem sempre um fio condutor que nunca se quebra, apesar de todas as distintas visões da narrativa que não se torna confusa. Antes pelo contrário, os pontos de vista enriquecem-na continuamente, deixando-nos entrar no íntimo de cada uma das personagens e tornando-as mais reais e, simultaneamente, mais misteriosas. Na verdade, para além de cada um dos membros da família Stark, muito pouco se acaba por saber sobre a lealdade e os pensamentos das outras personagens, o que transforma todo o livro num emaranhado de acontecimentos empolgantes e inesperados, desenvolvidos com uma mestria inigualável que impede o leitor de parar de ler.

Um dos melhores livros de High-Fantasy clássica que já li e, claro, recomendo vivamente a sua leitura!!

PS - Os mais sensíveis (tipo eu) puxem dos lencinhos.

Porque é que existem vícios?
Alguém me consegue explicar? Porque raio há coisas nas quais simplesmente temos de gastar dinheiro porque não conseguimos ficar longe delas, ou porque o gosto é tanto que se torna impossível resistir?

Há quem me diga que quem não tem dinheiro não tem vícios, mas eu não acredito lá muito nisso: afinal, avaliando a quantidade de alcoólicos e etc que se vê a pedir no meio da rua pode-se realmente achar que a premissa não é, de todo, verdadeira.

Eu tenho dois vícios principais: o primeiro é chocolate (e não representa um grande problema visto eu não engordar com facilidade) e o segundo são livros.
É verdade que se podem pedir livros emprestados a toda a hora. Sim. É verdade que existem bibliotecas que permitem requisição de livros. Sim. Mas também é verdade que há livros que TEMOS de ter, pelas mais variadas razões.
A minha razão principal é muito simples: Eu gosto de Sagas. A Literatura Fantástica sempre foi a minha perdição. Ora bem, quando uma pessoa no Natal ou Aniversário ou algo assim me pergunta o que quero normalmente peço livros. Toda a gente sabe que eu gosto de sagas. E toda a gente resolve dar-me um livro de uma saga diferente. Normalmente há quem não preste atenção e me dê o último livro da saga sem eu ter nenhum dos anteriores.
Resultado: Um livro sozinho por ler na prateleira. Tenho de ler os outros. Tento arranja-los emprestados. Mas chega ao fim o coitadinho não pode ficar sozinho na prateleira, tem de ter os irmãos. E eu não resisto e corro todo o lado em busca daquele livro o mais pechinchão e baratinho possível porque eu TENHO de ter aquele livro.
Outras vezes o que acontece é que eu gosto de determinado livro que me emprestaram e acabo por TER de o adquirir. E começa a Odisseia toda de novo.

E então perguntam-se vocês (ou não): "Mas afinal porque é que estás aqui a postar isto".

Muito simples; eu ando na faculdade, dependo dos meus pais e de uma semanada que dá para muito pouco. Não ganho money ao fim do mês e todos os livros que compro ou faço choradinho ou é com aquilo que poupo. Por isso mesmo, estou nas lonas monetariamente. Tinha-me convencido que só para o próximo século ia comprar novos livros. Estava conformada, até serena com a situação. E logo agora, uma menina chamada Lóide resolveu dar-me a conhecer uma série de sites onde se vendem livros usados a preços que não se fazem NEM na China!

Resultado: peguei na máquina e comecei a fazer contas. E cheguei ao fundo do Poço. XD

Música - Dia de S. Receber - Xutos & Pontapés

Foi apenas ontem que vi o último episódio da quinta temporada desta fantástica série dramática onde, de certo modo, o drama de uma família acaba, a partir de um certo ponto, por se sobrepôr a toda a trama relacionada com os velhos mitos urbanos e criaturas da noite e o "Sobrenatural" que dá o nome à série.

Acabou, na minha opinião, de um modo fantástico. O papel do Chevy foi muito bem escrito e descrito pelo soberbo Chuck (será a insinuação da verdadeira identidade da personagem é, de facto, verdadeira?) e a representação de ambos os autores principais atinge, sem dúvida o seu auge, principalmente Jared Padalecki nas suas dicotomias Sam/Satanás.

Não é um final feliz, e por mim nem teria de o ser. Nem sempre o final perfeito é o final feliz. mas acaba por não ser completamente miserável, afinal apesar de Sam ficar com Lúcifer e Miguel, presos no buraco (acho muito bem que o anjo lá fique, para arejar as ideias) e a separação entre este e Dean ser essencial, o irmão mais velho acaba por ter aquilo por que sempre lutou, mas que nunca atingiu: a família.

Castiel revelou-se, apesar de tudo, como a melhor evolução de personagem em toda a série. De anjo imaculado passa a humano boémio e depois a anjo todo poderoso - e ainda com estilo - após uma morte estrondosa (e, digamos, morbidamente espectacular).

Um excelente final, como já disse, que por mim representaria, com paz e sossego, o final de uma excelente série. Caso não tivesse os 3 segundos finais.

Está prevista, no entanto, uma nova temporada. Cá a aguardarei, esperando ansiosamente que não se estrague tudo a partir daqui.

Mas, por mim, CORTEM O RAIO DOS 3 SEGUNDOS FINAIS!

Música: Highway to Hell - AC/DC

O Portugal Creative é um projecto que nasceu de um sonho de duas cabecinhas com uma mente sempre a trabalhar! Porque não criar um sítio onde pudessemos postar os nossos textos, discutir sobre literatura, música, desenho e outras formas de arte, trocar talentos, sonhos e esperanças?

No dia 1 de Setembro o Fórum Portugal Creative, criado por mim e pela Ne (minha afilhada por afinidade e amiga), fez 9 meses. Um espaço para partilhar trabalhos e experiências e darmos a conhecer o nosso gosto e dos nossos membros pela escrita, desenho, fotografia, entre outros.
O fórum nasceu e a Miri juntou-se ao projecto no dia seguinte, por convite da Ne, completando o STAFF que deu início e pretende continuar aqui para o que der e vier.

Há menos tempo, apenas 2 meses, iniciámos o blog, como forma de divulgação dos trabalhos postados no fórum. Com ele vieram novas iniciativas, passatempos, parcerias e desafios.

Não há facilidades em 9 meses de projecto. Houve muitos momentos, bons e menos bons. Algumas discussões à mistura, seguidas de reconciliações. Momentos de trabalho intenso e de preguiça extrema e até alguns objectivos menos cumpridos.
Conhecemos pessoas, batalhámos por parcerias, demos o nosso tempo e o nosso esforço, apesar de trabalho, faculdade e da vida para além de tudo isto. Às vezes vimos o trabalho desvalorizado ao máximo por quem simplesmente não tem força de vontade para fazer algo por si mesmo. Mas entre essas pseudo-pessoas há o apoio de quem quer o bem do que fizemos, de quem valoriza o trabalho, de que está ao nosso lado e nos motiva a continuar. Fizemos amigos neste caminho. E, olhando para trás, é isso que fica.

Ontem, por qualquer razão estranha e inexplicável, - na altura em que apareceu e apenas isso - senti um orgulho tremendo por tudo o que fizemos. Ontem vi-nos a trabalhar, a distribuir tarefas, a dar ideias, a queixar-nos do trabalho sabendo que realmente quem corre por gosto não cansa e que tudo o que foi vivido até agora valeu a pena.

Não pudemos dizer que mudámos o mundo, que fizemos uma grande diferença, que temos milhares de seguidores e milhões de fãs no facebook. No entanto, fomos atrás de um desejo, de um sonho, e vê-lo crescer é sempre algo de fantástico. Poderá não fazer diferença no mundo mas fará, com toda a certeza, diferença na vida de alguém, nem que seja apenas na nossa.

E, no fim de tudo, não é isso que realmente conta?

Música: Dream On - Aerosmith

A verdade é que, de algum modo, todos precisamos de um sítio ou uma forma de expressão, então acho que posso afirmar com alguma segurança que um blog é uma forma de expressão como qualquer outra.


E assim faço o meu primeiro post que será de alguma forma uma apresentação.


Eu sou a Mar posso dizer que há três palavras que me definem:


A primeira é Magia; porque é o fundo e base de todas as coisas. Não é uma questão de crença ou religião, embora eu esteja manifestamente voltada para a Deusa Mãe (a quem chamam Natureza) mais do que para qualquer outro lado. É sim algo intrínseco quando se olha em volta, algo tão natural que a maioria das pessoas ninguém não. Não é preciso agitar uma varinha nem dizer palavras mágicas. Basta respirar e sentir-se-á como o toque de seda entre os dedos.

A segunda é Sonho; o poeta tem e terá sempre razão quando diz "o sonho comanda a vida". E nada mais precisa de ser dito.

A terceira é Música; porque é Magia, Sonho, e Paixão de um modo que nenhuma outra coisa o é. O piano é o meu companheiro há cerca de um ano e não poderia escolher amigo melhor. Haverá o dia em que também me aventurarei nas cordas da guitarra, mas por enquanto piano e voz (ainda que não a melhor possível) terão de ser suficientes.

Com este blog pretendo postar o que simplesmente me apetecer. Por vezes serão coisas alegres, outras simples músicas, ou ainda momentos de tristeza profunda. Mas afinal foi para isso que o criei não foi?


Escrevo este post ao som da soundtrack do blog "A minha inspiração..." da autoria da minha irmã Miri (mil obrigadas mana pelas maravilhosas baladas).

Música: Amsterdam - Coldplay